No presente trabalho, vou mencionar ao irmão Tiago Chagas, a
meu amigo, o Pastor Gerson de Natal, o Pastor Ricardo Gondim, e o Pastor Renato
Vargens. Minha alegação se baseará para as minhas oposições, no artigo do irmão
Tiago, como segue:
“Não existe doutrina vinda do céu’, diz Gondim ao reiterar
seu abandono da fé evangélica.
Ricardo Gondim,
escritor e um dos líderes da Igreja Betesda, mais uma vez veio a público
reiterar seu distanciamento do movimento evangélico, desta vez indo além de sua
crítica às questões comunitárias e políticas, mas apontando sua incredulidade
sobre pressupostos teológicos basilares do protestantismo.
No Twitter, Gondim – que tem
militado de maneira firme em defesa de postulados da ideologia de esquerda –
afirmou que não crê na soberania de Deus, no sacrifício redentor e na Bíblia
como uma manifestação inequívoca.
“Não, não sou parte do
movimento evangélico. Por quê? O movimento evangélico pressupõe: Inerrância da
Bíblia, Pecado original, Deus no controle de tudo Teologia sacrificial,
Teleologia – (a história caminha para um fim glorioso). Quem não subscreve a
essas teologias, também não é”, declarou o escritor.
Esse posicionamento já
havia sido revelado em 2012 e reafirmado em 2016: “Não tolero a intolerância. Não engulo a exclusão de gente por questões
de gênero ou por identidade sexual. Não me sinto bem com o discurso
fundamentalista que se arvora único interprete dos textos sagrados. Acredito
que toda interpretação é interpretação. Nada mais. Ninguém – nem Santo
Agostinho, nem Calvino, nem Armínio, nem eu mesmo – tem a última palavra a
respeito da verdade”.
Em resposta à afirmação
do último dia 14 de julho, o pastor e escritor Renato Vargens usou as redes
sociais para contrapor a declaração de Gondim: “Eu faço parte do movimento
evangélico. Ao contrário dos teólogos liberais, que foram vencidos pela apostasia
e um pseudo evangelho, eu e milhares de pastores no Brasil, seguimos fazendo
parte do movimento evangélico, crendo na inerrância da Bíblia, no pecado
original, na certeza de que Deus está no controle de tudo, reinando
soberanamente sobre a terra, no sacrifício vicário de Cristo, acreditando num
fim glorioso, na redenção dos que foram justificados pelo Filho de Deus, na
condenação justa dos pecadores e na volta real e pessoal do Rei dos reis”.
O pastor Gerson Pinto
Cardoso, da Igreja do Nazareno em Natal (RN), lamentou a postura do colega:
“Lamentável. Tenho uma coleção de sermões, excelentes, onde ele prega a Inerrância
das Escrituras, pecado e tudo mais que hoje diz não a acreditar mais. Onde você
se perdeu?”, questionou.
Gondim, então, decidiu
que não pretende mais aceitar dialogar com quem discorda de sua visão sobre a
Bíblia Sagrada: “Cesso meu diálogo com os evangélicos, caso contrário vou ter
que sair do Twitter. Ô povo chato, meu Deus. Vou deixar apenas um último a
recado: TODA teologia é humana. Não existe doutrina vinda do céu”.”.
Deixei de lado ao
pastor Ed René Kivitz, propositalmente, pelo fato de que a reviravolta que os
outros comentam, parte da carta do Ricardo Gondim, na qual não se envolveu o
René.
1.
“Não existe doutrina vindo do Céu”:
Negativo. A única doutrina cristã é do Pai, e é perfeita porque vem do céu; o
filho recebeu dele, e por isso se adscreve a seu respeito como a “doutrina de
Cristo”, que é a mesma “doutrina dos apóstolos” [os doze; nem doze; só cinco,
porém em concordância verbal com os outros oito, pois, Paulo entrou como número
doze]. Por tanto, há uma só doutrina que veio do céu, e as calvinistas e
arminianas são humanas, terrenas, imperfeitas, e às vezes até diabólicas, porque
dividem o Corpo de Cristo.
2.
Desde quando o Calvinismo e “igreja”?
Ele nunca contribuiu para a unidade da Igreja, e em épocas do Iluminismo até foi
co-fundador do Capitalismo de Mamom. Ainda é a doutrina mais bíblica, no
entanto, os resultados são funestos. Witness Lee esclarece num artigo publicado
por mim, com o título “não é suficiente ser bíblico”.
3.
O Arminianismo também fez política no
século XVII, e como sua postura é mais ontológica e a do Calvinismo mais
capitalista, a doutrina arminiana ganhou terreno no âmbito religioso [dos mais
pobres], e a calvinista no da sociedade mundana [dos mais ricos]. Calvinistas
encaram mais os “pecados” sociologicamente, e Arminianistas, mais
eclesiasticamente.
4.
Ainda quando o Pastor Gerson não
mostrou-me nenhum vício, os “Nazarenos” são um dos grupos “evangélicos” mais
legalistas e fariseus de nossa época. Possuem um excesso de
"santidade", no formato deles, capaz de excluir a todos os outros de
seu “reino de Deus”.
5.
Renato Vargens utiliza as declarações
de Gondim para erigir seu Calvinismo, mas não assim manifesta os interesses de
Cristo, e Deus autor das Sagradas Escrituras; claro sinal de sectarismo ao
personalizar e setorizar tais pontos doutrinais.
Sigo com minha crítica de Ricardo
Gondim, para finalmente dar uma palavra a todos:
6.
“Pressupostos teológicos basilares do
protestantismo”. Exatamente isto, irmão Tiago. Se trata de argumentos do
Calvinismo e do Arminianismo que Ricardo Gondim agora aborrece, e os “desigrejados”
também.
7.
“Gondim – que tem militado de maneira
firme em defesa de postulados da ideologia de esquerda”. Você tem certeza
disto, Tiago. Até agora entre os milhares com os quais me relaciono não
encontrei nenhum Direitista que me prove que detestar a religiosidade, com o
legalismo, o moralismo e a hipocrisia dentro, seja uma filosofia de esquerda
como afirmam. Eu vejo este repúdio dentro da Bíblia.
8.
“O Movimento Evangélico”, de certo, é
um movimento espúrio ao Evangelho de Jesus Cristo e bíblico. É Sionismo e
Moralismo.
9.
Se o seguinte texto é original de
Gondim, precisarei uma abordagem maior, que mais no final vou tentar resumir;
por agora, que “O movimento evangélico pressupõe: Inerrância da Bíblia, Pecado
original, Deus no controle de tudo Teologia sacrificial, Teleologia – (a
história caminha para um fim glorioso), mais distingui doutrinas humanas e
judaicas do que cristãs, mesmo assim, será um exagero “Deus no controle de
tudo”, e “Teleologia”, e nisto o Gondim precisará me ler o final desta manifestação.
10.
“Acredito que toda interpretação é
interpretação. Nada mais. Ninguém; -nem Santo Agostinho, nem Calvino, nem
Armínio, nem eu mesmo – tem a última palavra a respeito da verdade”.
Entretanto, alguém na terra deve ter a última palavra a respeito da verdade,
sim, e esse alguém é o Corpo de Cristo em sua unicidade que nem Calvinismo nem
Arminianismo cede e nem colaboram para que aconteça tal unidade, porque não
lhes convém, mas a Bíblia diz que a Igreja é coluna e baluarte da verdade. Daí
que os católicos estão mais aproximados à verdade que “os protestantes”, porque
podem meter histórias da Igreja, não comprovadas, -a tradição-, e nós ficamos
em desvantagem. E lamentável, quando a Igreja permanece dividida e não quer se
arrepender, querendo Deus falar pelo Seu Corpo, suscita a um João a quem Ele
guardou numa ilha para os tempos da apostasia e as heresias do primeiro século
da Igreja, e na Igreja de Pérgamo tem apenas um homem chamado Antipas para
exibir a Verdade perdida daqueles dias.
11.
Renato
Vargens, a ti falo: ““Eu faço parte do movimento evangélico. Ao contrário dos
teólogos liberais, que foram vencidos pela apostasia e um pseudo evangelho”
Estas tuas palavras presunçosas me faz te perguntar assuntos que eu já tenho as
respostas, que não seriam as tuas: 1) Sabes que tal “movimento evangélico” não
é genuinamente de Cristo senão político; mais precisamente, da Direita
Internacional Extrema? 2) Típico dos direitistas, de imediato substantivam aos
adversários: “Teólogos liberais”; “vencidos pela apostasia”; “um pseudo
evangelho”: “Teólogos liberais”: a Direita sempre atribui aos seus adversários
exatamente o que ela é. Não sejam tão básicos! Mudem de estratégias! Em todo o
mundo estão fazendo a mesma coisa, só para confundir às massas. 3) Você sabe o
que é apostatar? Não! Não é crer diferente de vocês calvinista. 4) Se o de
Gondim é “pseudo-evangelho”, você pensa que o teu é “o verdadeiro”, mas, com só
ser fanático calvinista, já negas o verdadeiro Evangelho.
Minhas Conclusões:
Gondim está atravessando o campo do
repúdio à religião e a religiosidade, mas, periga cair na negação da fé cristã
em alguns pontos; no entanto, as epístolas paulinas e as cartas pastorais nos
recomendam com meridiana clareza como devem os companheiros em Cristo tratar a
outro companheiro, caso esteja correndo algum risco, e neste diálogo não vi a
nenhum de vocês seguir as recomendações bíblicas, da Bíblia que dizem defender.
O mais prudente de vocês e que menos exibiu o sectarismo doutrinal foi o
Gerson, na frase “Onde você se perdeu?”. Prudente atitude, que demonstra amor,
e não uma atitude desafiadora como dos Calvinistas, como se achando donos da
verdade.
Examinando os postulados que Gondim
listou: 1) Inerrância da Bíblia: Há pouco tempo atrás, sem influência de
nada e ninguém, me debrucei a estudar os “livros Apócrifos” na Bíblia católica.
Tive surpresas ilimitadas, e experiências com Deus, de chorar prostrado no
chão. Até um ataque de demônios com uma modalidade nunca imaginada em dezenas
de anos de ministério, o Senhor me falou por um desses livros um rema pontual
ao caso que nem nos quatro Evangelhos se menciona. Tive vários impactos de Deus
em sua leitura e estudo, e ai voltei a ler a história do cânone das Escrituras.
Tem a mão do homem em tudo o que é lado. Até mesmo na Bíblia que chamaria agora
aqui de “protestante”. Tem uma lista enorme de coisas no Novo Testamento que só
dão contendas e não cooperam para nada, e no Antigo a mesma coisa; então,
porque um livro dos “apócrifos” menciona, era, de certa, para elimina-lo do
cânone? Por outro lado, qualquer seja a versão da Bíblia que usemos, não se
nega que ela contenha muitas narrativas que não são mais que palavras dos
próprios amanuenses. E as palavras de Jesus desmitificam completamente certas
manutenções do texto por conveniências sectárias, até mesmo da Católica.
2) Pecado original: Foi um
invento católico, na ambiência política. 3) Deus no controle de tudo:
Negar isto, parece ter uma influência arminiana. 4) Teologia sacrificial:
Desconheço o enfoque de Gondim. Se o sacrifício do Messias, ou a reedição dos
sacrifícios judaicos. 5) Teleologia: (a história caminha para um fim
glorioso). Aqui Gondim poderia estar fazendo uma abordagem mais profunda do
comum nas religiões protestantes. De fato, o Novo Testamento não endossa a
ideia de que o tempo final será glorioso, senão catastrófico. Mas, uma coisa Gondim
não sabe; nem Tiago, nem Renato, nem Gerson, e é que na eternidade passada o
Deus Trino conferenciou três vezes para planejar a Criação, a Redenção e a
Filiação, e esse planejamento aparece em Efésios como “Propósito eterno de
Deus, e no grego a frase oiko nomos
traduzida “casa”, “governo”, “administração”, “plano”, se traduz em raras
versões da Bíblia como Economia de Deus, e na maioria delas “a administração da
Graça, e o Plano Eterno de Deus”.
Tal plano elaborado na eternidade
passada para a eternidade futura, contém As Sagradas Escrituras, ou melhor,
estas contém o Plano Eterno de Deus, e por isto ela é importante, e única fonte
da revelação de tal plano. Deus mesmo se revelou pela natureza toda, e também
pelos homens, sua Igreja, e a Bíblia, mas, a Bíblia, com que nos tenha trazido
a revelação do Plano já será transcendental e única, mas também ela nos revela
ao próprio Deus triuno, gradualmente. São duas revelações que só estão na
Bíblia.
Concludentemente, por que o cânone da
Bíblia com certas influencias políticas é o único reconhecido pelos
protestantes, e a outra, que teve muitas outras influências políticas mais não
são as confiáveis para nós, e por que para os católicos sim, são absolutamente
confiáveis?
Quando sejamos iluminados pelo Plano
Eterno de Deus, compreenderemos ao menos cinco princípios:
1.
As religiões provêm da Árvore do
Conhecimento do Bem e do Mal, e a Fé Cristã da Árvore da Vida;
2.
Há uma única Teologia bíblica
“celestial”, que é a Doutrina dos Apóstolos que é a Doutrina de Cristo, e esta
é a Doutrina do Pai que veio do Céu.
3.
Homossexualidade é pecado, sim, mas,
não tem nada a ver com a salvação eterna.
4.
Toda classe de pecado, não é para
ficar nas trevas senão para vir à luz, por tanto, para que seus escravos venham
à Igreja, onde conviver em amor, e o Espírito, a Palavra e o Corpo processam as
transformações em “pecadores” e “santos” igualmente.
5.
Os tempos finais serão tempos maus
por excelência, e difíceis, porém, onde abunde o pecado, sobre-abundará a Graça.
6.
Toda e qualquer doutrina que divide, mantém
a divisão, e faz acepção de pessoas, ou exclusão de certos “pecadores” da
Igreja, não é de Deus.
7.
A Verdade Absoluta está na Terra a
disposição não de indivíduos, senão do Corpo de Cristo, mas, em tempos de
apostasia extrema, o convite é: “Ao que vencer”, e quando Deus encontra um único
Antipas [cujo significado é “contra tudo”], o usará para iluminar a todo o seu
Corpo, a Igreja UNA como deve ser, e sem vangloria, não posso negar que Ele viu
em mim, nestes tempos finais, um Antipas, pelo que minha palavra sarará a
Gerson, a Tiago, a Renato, e também ao Ricardo, porque é pura e verdadeira, sem
busca de lucro para o homem nem para as coisas dos homens, senão baseadas em
Romanos 11. 36.
11.04.22
Dr. Tito Berry
titoberry@gmail.com
Missão Mundial da Graça