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quarta-feira, 28 de abril de 2021

É preciso conhecer e entender para poder confiar em quem Teologiza hoje

 

Uns, veem exatamente o que É. Outros defendem o que os antigos viram...

Na época de Lutero, Calvino e Armínio principalmente, a diferença, e motivos de debates e divisão, fora se a Salvação era pura e exclusivamente pela graça, por meio da fé, dependendo em absoluto da Soberania de Deus, que podia escolher a quem Ele quisera, ou se dependia também do livre arbítrio humano.

Os tempos passaram, e hoje praticamente a maioria dos cristãos aceitam essas diferenças como secundárias, e não podem negar que em ambos os segmentos sociais "evangélicos" há verdadeiros salvos em Jesus Cristo. Então, que ficou deles para que os tenhamos como ícones teológicos em nossos seguimentos e convicções?

Não os subestimemos, mas, somemos ao apreço que tenhamos a estes irmãos nossos que já não mais estão entre nós, o prestemos atenção aos resultados maioritários das três correntes teológicas [protestantes] mencionadas, através da história da Igreja desde o século XV em adiante. E perguntemo-nos quais diferenças, ou indagações teológicas nos dividem, para compreendermos que o momento teológico que se vive hoje dista em muito daquele, e que precisamos urgentemente prestarmos atenção aos que Deus foi suscitando no nosso século e ainda estão conosco, pelos que podem nos orientar adequadamente.

Talvez seja necessário algo de debate, como no tempo dos tais teólogos mencionados, mas, acima de tudo, devemos imaginar um itinerário mais maduro, de maior graça, misericórdia e perdão, a fim de cumprirmos mais apropriadamente o Plano Eterno de Deus neste tramo final na sua genuína substancia, implicância e demanda fazendo justiça ao humano, ao Diabo e a Deus como é devido.

Nesta linha vejo como cabeça de praia no período posterior à Reforma Protestante, a Watchman Nee, e em distinta gradualidade a Madame Guyon, os primeiros Menonitas, René Padilla, Luciano Jaramillo Cárdenas, Juan Stam, sobre cujos ombros não posso afirmar que cresço, porque só me nutri em Nee e Madame Guyon, e no demais, criei minhas próprias indagações e pesquisas; meus questionamentos, minhas invenções e criações de esquemas, sínteses, e outros recursos, na Luz da Palavra escrita de Deus, e o Espírito Santo.

Tinha razão Paul Hiebert, missiólogo, quando afirmou que “toda igreja precisa desenvolver uma teologia contextual, que faça sentido em sua cultura e que responda a questões de relevância cultural”. Pois, não podemos apregoar o amor de Deus e ignorar a iniquidade estrutural e sistêmica de sociedades profundamente fundamentadas na desigualdade e a exclusão.

Tem razão o autor católico J. Severino Croatto no seu livro Êxodo: Uma Hermenêutica da Liberdade, quando descreve a importância da EISEGESE, e também o Pastor Batista Ed René Kivitz quando mencionou num contexto bem diferente do que o “evangélicos” distorceram para esculacha-lo nas redes, acerca da atualização da Bíblia.

Autores como John Piper e John Mc Arthur embora sejam profundos em Teologia, como o brasileiro Augusto Nicodemus, são ainda muito aferrados a um classicismo ortodoxo e fundamentalista do século da Reforma Protestante, e não se deixam renovar pelo Espírito Santo para estender a visão radical à social atual, tão necessário, no zelo pela pureza do Evangelho de Jesus Cristo acima de concepções limitativas do Igrejar.

Hoje estou em condições medianamente apropriadas para divulgar a saída desse labirinto, e sem nenhuma distorção nem manipulação do texto sagrado, podermos aplicar ao contexto atual a mensagem da Consumação de Cristo na humanidade atual e desde os seus sofrimentos pela injustiça e o excessivo amor ao deus dinheiro para dentro da Palavra escrita, onde encontraremos ao Criador, Redentor e Pai nos incluindo a todos desde antes da fundação do mundo, e muito mais aos pobres.

Precisamos voltar urgentemente a Cântico dos Cânticos, onde o Amado não seja mais pretendido nem buscado, nem presuntamente capturado por potáveis concubinas que lhe ofereçam um quadro pictórico de doutrinas artisticamente maquiadoras de uma dupla vida em que querem a Jesus mas também seus ídolos, senão um quarto de intimidade real onde todos possamos estar inclusos nele, e ser Ela a única no Universo, eternamente, como Ele desenhou e por quem pagou o preço. Esta possibilidade só vem do Plano Eterno de Deus, e nunca veio nem virá das distintas correntes teológicas que dividem e priorizam doutrinas segundo o entendimento finito de cada humano, em vez do Amor.

Se bem os dois únicos fundamentos da Salvação são a Graça e a Fé, percebe-se no Novo Testamento que em certos casos, e determinados tempos, o Salvador deve acrescentar a Misericórdia, senão, os humanos não se sentirão atraídos a Ele, e o momento teológico atual é exatamente este desde que Mamom ganhou altar nas Igrejas dos homens de hoje.  

Dr. Tito Berry     

  

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