Esta reflexão poderá ferir alguns preceitos religiosos e algumas boas costumes, mas não terá a intenção de radicalizar nada, e sim a de ajudar aos pastores a encontrar uma saída apropriada, contextual e bíblica durante uma pandemia:
O que não devemos fazer é:
Bater os irmãos com a questão dos dízimos e as ofertas. Haveriam diversas experiências. Nalguns casos, pastores sofrendo até mesmo a falta de sustento, ou se endividando durante este tempo tão crítico para todos. Em outros, irmãos da igreja sem ministérios ou salários como empregados da denominação padecendo necessidades e limitações. Assim também teríamos irmãos perdendo seus empregos, ou desocupados que não encontrarão saída, ou enfermos ou desamparados, ou até mesmo isolados que nem soubéssemos que existissem.
O que devemos fazer é:
1º. Orar “com os pés no chão”, ou seja, com uma fé mais contextual e real, em que talvez nenhum de nossos irmãos estaria em condições de ser usado pelo Senhor para nos socorrer. Em tempos de “normalidade”, os milagres acontecem mais, e em tempos de espiritualidade maior, também. Mas, assim como o pastor ou pastora poderão estar angustiados no tocante seus sustentos e o de suas famílias, os irmãos também, e provavelmente com menos fé. Essa oração no chão implicaria mais humildade, mais clamor, mais intercessão e mais e melhor busca de sintonia com a vontade de Deus.
2º. Sempre priorizar ao outro. Tanto na igreja, como na família. É o pastor e a Pastora os que devem orar ou jejuar, se arrepender, interceder, embora devamos “fazer discípulos”, mas não trocar o chicote dos dízimos de suas costas, pelo do jejum. Incluso, se deveria desfrutar ao partilhar o pão mínimo que houver, e até mesmo a sua privação, com tal de abençoar ao outro.
3º. Cuando o pastor ou a pastora vivem completamente do Evangelho, ou padecem as impossibilidades ou limitações do contexto, devem ensinar aos irmãos convidar de a um aos membros da família pastoral às suas casas para que entre todos se mantenha em pé a igreja e a família cristã de todos os salvos.
4º. Inventar uma nova fonte de lucro para o seu sustento, lembrando que nunca antes, como em plena pandemia, por mais que os templos estejam obrigatoriamente fechados, é que os pastores serão pastores em plenitude, pelo que, estariam menos livres para anexar às suas vidas outros trabalhos.
5º. Nunca se deve julgar a família do Pastor ou Pastora. Eles não são os pastores da Igreja; muito menos empregados dos irmãos. Sendo assim, os irmãos por livre e espontânea vontade, deverão visita-lo ou visitar sua pastora, ou comunicar-se com eles para saber de suas necessidades, e socorre-los.
6º. Elias tinha dito a uma viúva: “Não tenha medo. Vá e faça o que você disse. Mas primeiro faça um pãozinho com o que você tem e traga-o para mim. Depois, prepare o resto para você e para o seu filho”. Os dízimos no Antigo Testamento se entregavam aos sacerdotes como sua herança legítima, e eram eles os que administravam a AÇÃO SOCIAL do povo de Deus. No Novo Testamento, se os traz aos pés dos apóstolos. Coloca-los numa caixa visível, é próprio para uma denominação, mas não o melhor para A IGREJA e seus verdadeiros ministros.
7º. Assim também, antes de pregarmos, ensinarmos, e requerermos a unidade da Igreja, devemos começar pela unidade dos pastores e as pastoras por cidades, o que implica dizer que antes que o pastor ou pastora atenda seus próprios “filhos”, os membros de sua comunidade, devem cuidar de pelo menos um pastor ou pastora mais, no jugo de Jesus, prioritariamente.
Prove estes princípios espirituais bíblicos, e verá a prosperidade na sua congregação, logo, na igreja de toda a cidade, e finalmente um impacto de graça de Deus nela.
Apóstolo Tito Berry
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