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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Ana. Uma velhinha extraordinária que desafia gerações

 


Me maravilha e obsessiona Ana, a última Profetiza do Antigo Testamento, uma anciã de 84 anos recluída no templo, sem notoriedade, sem menção alguma, mas, atenta e prudente para falar o que devia, na hora devida. Que modelo! Dela temos muito que aprender. Principalmente as irmãs, as mulheres da Igreja, com uma mulher que chegou ao matrimonio com pelo menos 76 anos, virgem.

Não só isso, senão que também viveu 7 anos casada, até sua viuvez, e não voltou a casar, e com 84 anos de idade ainda orava e jejuava no templo sem parar. Não ia ao monte. Era ali mesmo, no templo, e diante do sacerdote Simeão que ela jejuava e orava e não caia em tentação.

Vivia obsessionada com o Messias prometido, e sabia que estava chegando a hora de sua manifestação. Também tinha contato com o povo de Israel, ao que testemunhava do que Deus lhe mostrava constantemente e alentava-os a seguir esperando. Era uma virgem que não se gabava de sua virgindade nem se jactava de sua consagração. Os israelitas tinham pecado tanto, em tantos males, que bem que podia os repreender, mas ela os animava a aguardar que em breve chegaria quem os libertasse de seus pecados. De um lado, servia a pecadores com misericórdia e compaixão. De outro, servia a Deus, sem nenhuma notabilidade.

Os pais de Jesus eram da Tribo de Judá, assim como João o Batista; não obstante, a profetiza não se enganou nem minimamente. Ela só falou quando na mesma cidade de Belém de Judá nasceu o Cristo. Enquanto a Tribo de Judá estava bem representada diante da chegada do Messias, e os Magos representavam o povo pagão, sem Deus, Jesus chegou remindo ao povo de Israel. Judá era o lado mais incrédulo do Messias, e essa mulher foi como a mediadora que trouxe a Cristo a seu povo, ainda quando sua performance não era aceitável nem minimamente para ser ouvida pelas gerações daqueles dias, nem para ser dos grupos de discípulos de Jesus em seu futuro ministério. Era como uma sobrevivente dos antigos, inservíveis, inúteis e incapazes, mas nada o impediu sair de seu esconderijo com Deus para anunciar que a hora tinha chegado e que o Messias estava ali presente, ao fim.

Junto a Abraão esteve Sara, sua esposa; junto a Barac, Débora; junto a Moisés, Zípora. Mas junto a Ana, estava Simeão, que não tinha nenhum vínculo sexual come la. Pois, o Messias não viria a perpetuar o machismo nem o mau paternalismo, senão para homens e mulheres igualmente, e para todos os povos da terra. Zacarias e Elizabeth representavam a uma tribo de sacerdotes. Ana representava aos profetas. Mas Cristo, que vinha de uma tribo de reis, reina incluindo tudo. Bendito os que servem aos que esperam pelo Redentor, e a Deus, sem presunções nem apetites de notoriedade. João o Batista veio depois, só quando o Messias já se chegou à idade apropriada para se manifestar a Seu povo. Deus chamou e usou primeiro a uma mulher, ANA, e só depois a um homem, O Batista João. A grandeza desta mulher nunca esteve atada à vitrine, e sim no fato de que não se expôs nem abusou de seu ministério até que a cortassem a cabeça. Ela dava valor ao conteúdo do que havia nela de Deus, e não na aparência, embora era delicadamente apresentável como mandava o figurino do ofício.

Tito Berry

 

 

 

 

   

 

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