Romanos 13. 1-10 e 1 Tm 2. 1-2
Deus não mais coloca reis, e consequentemente, tampouco tira reis. Pois, o reinado ao qual se refere Daniel 2. 21 nada tem a ver conosco hoje.
O texto que diz: “Ele muda os tempos e as idades; tira reis, e põe reis; dá a sabedoria aos sábios, e a ciência aos entendidos” não descreve a SOBERANIA DE DEUS, senão sua interferência no LIVRE ARBÍTRIO dos humanos. Aqui não se estabelece um princípio governante senão uma possibilidade de interferência nas eleições erradas dos homens. Não em vão o lugar que ocupa na oração aos conceitos soberania divina e livre arbítrio humano, claramente faz de Deus alguém que interfere, e não um que decide pelos humanos. Por outro lado, em 1º Samuel 2. 10 Ana termina sua oração inaugurando a Monarquia que ainda não existia no povo de Deus que até então era teocrático. O antagonismo em Daniel é entre os reis postos pelos homens, e o Rei David colocado por Deus, depois de ele tirar a Saul do reinado. Ana profetiza o verdadeiro Rei que nunca será tirado, e não faz antropocentrismo.
Em Romanos 13 a palavra “autoridade” é “exousia” e implica dizer qual é o mandante, o princípio, o originador de tal potestade, como em Marcos 11. 28. Em 1 Cor. 1 Paulo também usa a metáfora do véu e do cabelo cumprido na mulher, como indicadores do mesmo “princípio da autoridade”, entretanto, no capítulo 1 invocar a Cristo até pode ser blasfemo quando não vem da fonte de tal nome, a que dá a verdadeira autoridade.
A Monarquia sempre foi uma mentira. Logo, a Democracia foi o sistema de Governo mais verdadeiro que jamais tenha existido na sociedade mundana, entretanto, já vimos a que abismo nos conduz o demo, a autoridade do povo. A Ditadura é a vontade humana mais perversa e obcecada jamais imaginada. Deus só acompanha ao homem em sua história, e interfere raramente; mais por causa de Seu povo quando é exemplar, e quando ora.
Em 1 Tm 2. 1-2 é para orar por todos os humanos, incluso os maus; quanto mais pelos que “estão em eminencia” segundo o versículo 2. As quatro áreas do bem-estar do povo indicadoras de que tenhamos um Governo alinhado com a Autoridade de Deus, são: 1) Paz; 2) Segurança; 3) Liberdade de culto, e 4) Produção e Solidariedade. Quanto à Paz, existe outro fundamento indispensável mencionado em Tiago 3. 18, e é a Justiça.
Neste esquema bíblico não existe nem minimamente o dever de abençoar um Governo que seja o contrário, nem de obedece-lo, nem de orar por ele, a não ser na abrangência do versículo 1 que diz “por todos os homens”, e unido ao 4 cujo resultado esperado é para que sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade.
Quem quer que interprete esta parte da Biblia de outra forma, e creia que deve abençoar ao Governo e obedecê-lo a qualquer preço, pois, nem procure saber se pegou o COVID- 19, nem procure emprego, nem reclame por melhoria no salário e faça sua devoção descumprindo todas as regras estatais, pois, “é Deus que o colocou ali, e só Deus será quem o tire dali”.
Tito Berry
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